Como desfrutar Bondage
O bondage é o fetiche relacionado ao uso de cordas, correntes ou algemas durante as relações sexuais. Um dos parceiros imobiliza o outro antes do ato sexual propriamente dito (às vezes é apenas uma preliminar). Pode ser uma perversão ou apenas uma brincadeira do casal, para mudar a rotina e apimentar o relacionamento.
O que é bondage?
Bondage é uma palavra francesa que significa servidão. O parceiro amarrado costuma dizer que só consegue sentir prazer quando está totalmente sob controle, imobilizado. Em contraposição, o dominador parece excitar-se apenas quando exerce o poder total. Isto pode significar problemas psicológicos, se o tesão for obtido apenas desta maneira. Mas pode ser apenas uma diversão.
Quando o bondage está relacionado à humilhação, torna-se uma prática sadomasoquista. Há praticantes que veem no bondage inclusive uma questão estética, explorando novas formas de amarrar e imobilizar. Vários sites apresentam fotos artísticas do fetiche, com homens e mulheres presos de forma original e criativa.
Os adeptos do BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) alertam que as práticas devem ser saudáveis, seguras e consensuais. Fora disso, a brincadeira entre o casal seria uma tortura, uma degradação. Sites dão dicas sobre os nós e as melhores cordas: são as de poliéster, enquanto as de cânhamo e sisal são contraindicadas, pelas marcas que deixam na pele. Barbantes, fios de náilon e linhas cortam a pele. Quanto menos nós, melhor.
Outras regras são: nunca deixar a pessoa amarrada sozinha, deixar uma folga entre a corda e a pele, mudar a posição do parceiro a cada 30 minutos, combinar uma senha para ser usada em “situações de emergência”, não ultrapassar o limite da dor, ter uma tesoura por perto e, quando o homem é amarrado, ter cuidado com a corda nos pênis e testículos.
Alguns praticantes do bondage também usam vendas. Aparentemente, o risco envolvido com a imobilização proporciona intenso prazer. A falta de visão, que para muitos está relacionada ao desamparo, pode estimular os demais sentidos, conferindo sensações diferentes.
Falando em sadomasoquismo, a palavra vem do nome de dois escritores: o francês Donatien de Sade, que descreve cenas de pedofilia, violência, mutilações e homicídios em “Os 120 dias de Sodoma”, e o austríaco Leopold von Sacher-Masoch, autor de “A Vênus de Peles”, em que consta o relato de um homem que atinge o orgasmo após apanhar do marido da sua amante.
Seja como for, em matéria de sexo, não há certo ou errado, apenas o que dá prazer ou não. A única coisa errada em relação ao sexo é não praticá-lo.